No Exílio - Pedro De Alcântara
Maurício Gringo
Pode o céu do desterro ser tão belo
Quanto o céu do país em que nascemos
Nada faz com que o nosso desprezemos
Acalentando o sonho de revê-lo
Todo o nosso ideal pomos no anelo
De regressar, e voando sobre extremos
Com o pensamento ansioso percorremos
Nosso amado rincão, lindo ou singelo
Jaz no desterro a plaga da amargura
De acerba pena ao pobre penitente
De amaro pranto da alma torturada
A alegria no exílio é desventura
É a saudade na ânsia mais pungente
De retornar à pátria idolatrada
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